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sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Polícia Militar e Ministério Público celebram convênio


Na manhã desta sexta-feira (29), O Comandante Geral da Polícia Militar do RN, Coronel PM Osmar José Maciel de Oliveira, e o Procurador-Geral de Justiça Adjunto Fausto Faustino de França Júnior assinaram um aditivo ao convênio entre as instituições PMRN e Ministério Público do RN.

Com intuito de agilizar os pagamentos de diárias operacionais aos policiais militares que prestarem serviços a instituição, o MPRN passará a depositar os valores diretamente nas contas dos policiais beneficiários.

Também estiverem presentes no ato da assinatura, o Diretor de Apoio Logístico da PMRN Coronel Klessius Bandeira Cavalcante e o Assessor de Comunicação da PMRN Tenente-Coronel Eduardo Franco Correia Cruz.

PM/ASSECOM - Sd Ricardo

O RN participa de missão nos EUA para debater reforma do ensino médio

Foto: Jornal Tribuna do Norte.

A secretária de Estado da Educação e Cultura, professora Claudia Santa Rosa participa, de 30 de setembro a 8 de outubro, nos Estados Unidos, da “Missão aos EUA sobre reforma do Ensino Médio- Modelos Exitosos e Flexibilização do Currículo”. A missão, organizada e custeada pela Embaixada Norte Americana, conta com a participação de representantes do Conselho Nacional de Secretários de Educação – que a professora Claúdia e os Secretários Estaduais de Educação da Paraíba e Distrito Federal representam-, Ministério da Educação e do Fórum dos Conselhos Estaduais de Educação. 

“Esta missão tem uma importância muito singular, no momento em que o Brasil discute a tão aguardada reforma do ensino médio. Será uma oportunidade de ampliarmos os olhares e os conhecimentos a partir de experiências exitosas”.

A comitiva desembarca no estado de Nova Iorque. De lá os representantes brasileiros irão participar de uma apresentação sobre o sistema educacional adotado naquele país, promovida pelo Departamento Educacional Americano e Prefeitura de Nova Iorque. 

Durante a semana, o grupo participará de diversas reuniões e fará visitas técnicas em escolas na cidade de Manchester, estado de New Hampshire. No ocasião os participantes vão conhecer o dia-a-dia das instituições e debater com diretores e gestores das escolas os modelos de ensino aplicados.

SEEC/ASSECOM

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Morre Hugh Hefner, fundador da Playboy





Hugh Hefner na juventude, ladeado pelas coelhinhas, símbolos de de sua revista (Foto: Reprodução).

Na maturidade, Hugh Hefner, ladeado pelas coelhinhas, símbolos de de sua revista (Foto: Reprodução).
O fundador do império Playboy, Hugh Hefner, morreu nesta quarta-feira em sua casa em Beverly Hills, aos 91 anos. Hefner partiu “rodeado de seus seres queridos” em sua legendária residência, a Mansão Playboy. Com sua morte, vai embora um ícone do excesso nos Estados Unidos, o homem do chapéu de capitão, das coelhas entrelaçadas nos braços e das esposas incrivelmente jovens.
Playboy é uma das marcas mais reconhecidas dos Estados Unidos, uma referência durante décadas do entretenimento erótico masculino. Hefner fundou a revista em 1953 e ela se tornou uma sensação desde o primeiro número, com o feito de publicar fotos de Marilyn Monroe na capa. Nos anos seguintes, a Playboyse tornou a vanguarda das mudanças sociais que viriam nos Estados Unidos. Apenas a chegada da internet diluiu a influência da revista.
Primeira publicação da revista Playboy,  trazia Marilyn Monroe (Foto: Reprodução).
“Meu pai viveu uma vida excepcional e impactante como um pioneiro da imprensa e da cultura e uma voz líder em alguns dos movimentos sociais e culturais mais significativos de nosso tempo, ao ser um defensor da liberdade de expressão, dos direitos civis e da liberdade sexual”, disse seu filho Cooper Hefner, diretor criativo da Playboy Enterprises, citado pela revista People.
A revista Playboy revolucionou o mercado das revistas para homens até o ponto de quase se converter em um sinônimo dele. Sem esconder que seu apelo principal eram as fotos de mulheres nuas, de preferência famosas, a revista também atraia um público intelectual e rivalizava, com seus textos, com as melhores publicações da imprensa. Por suas páginas passaram autores como Ernest Hemingway, John Updike, Jack Kerouac, Norman Mailer ou Ray Bradbury, que publicou Farenheit 451 como série na revista.
Em 1962, a Playboy começou sua famosa seção de entrevistas com uma conversa entre Alex Haley, o autor de Negras Raízes, e a lenda do jazz Miles Davis. Depois, mês após mês apareceram ícones do esporte, da cultura ou, inclusive, da política dos Estados Unidos, em conversas longas onde permitiam que a revista publicasse suas confissões.
Hefner, multimilionário, praticamente desde o começo da revista, comprou em 1971 uma mansão em Beverly Hills de 20.000 metros quadrados e 29 quartos que chamou de Mansão Playboy e onde viveu uma vida de excesso, permanentemente em festas e rodeado de modelos. Ali convidava Hollywood inteira para encontros legendários. Estar na mansão de Hefner era ser alguém em Los Angeles. Magic Johnson, a estrela dos Lakers nos 80, relatou em um documentário que participou de festas em que havia 100 mulheres e apenas 10 homens. Ser convidado à Mansão Playboy se converteu em uma espécie de ritual para se reconhecer que uma pessoa havia ficado famosa em Hollywood.
Anos depois, aquele estilo de vida acabaria revelando um lado mais sinistro. Ao menos duas mulheres declararam na Justiça que foram drogadas e sofreram abusos sexuais por parte do ator Bill Cosby na Mansão Playboy, durante uma das festas. Hefner chegou a ser apontado como cúmplice de Cosby na agressão.
Ao redor dessa vida, Hefner criou uma personagem de eterno playboy, sempre com seu chapéu de capitão, um roupão e um copo na mão, ao qual foi fiel durante décadas. A vida de fantasia adolescente da Mansão Playboy foi retratada em um reality showThe girls next door, que foi ao ar de 2005 a 2010. Quando já não podia mais passar essa imagem, simplesmente desapareceu dos holofotes.
Hefner nasceu em Chicago e viveu uma infância de puritanismo estrito. Seus pais, metodistas, levavam uma vida cheia de proibições, que impunham aos filhos. Hefner costumava citar o ambiente repressivo e moralista de sua infância como um dos fatores que o levou a se reinventar na fantasia. Começou no mundo editorial desenhando tiras. Depois, começou a trabalhar na Esquire e em outras revistas até que criou a Playboy com uma equipe mínima de colaboradores. O ícone do coelho com uma gravata, talvez um dos símbolos mais reconhecidos do mundo, fez parte da marca desde o início. Nos anos 70, a revista chegou a vender 7 milhões de exemplares.
No início de 2016, Playboy Enterprises anunciou que a Mansão Playboy estava à venda por 200 milhões de dólares. Hefner pôs como condição de venda que quem comprasse o deixasse viver na casa até o final de sua vida. A mansão foi comprada, finalmente, por 100 milhões de dólares (320 milhões de reais), pelo magnata grego Daren Metropoulos, que já era proprietário da casa ao lado e planejava unir as duas.
Nesta época, a Playboy enfrentava problemas, devorada principalmente pela pornografia na internet. No final de 2015, a revista anunciou que deixaria de publicar nus. "A conjuntura passou", disse o executivo-chefe da revista, Scott Flanders. A publicação tentava se reinventar para um público mais jovem que já tinha disponível todo o sexo que queria na internet. A decisão foi um fracasso que não elevou o número de assinantes, embora tenha obtido mais leitores digitais. Em fevereiro deste ano, Copper Hefner, o último filho do fundador e herdeiro da revista, decidiu recuperar os nus. No Brasil, a revista deixou de ser publicada pela editora Abril em dezembro de 2015, após mais de 40 anos, e neste mesmo fevereiro voltou a circular como um selo da PBB Entertainment.
No meio de bacanais e coelhinhas de capa, Hefner se casou três vezes. O último casamento foi em 2012 com a modelo Crystal Harris. Ele tinha 86 anos e ela, 26. Além de Harris, Hefner ainda deixou quatro filhos vivos.
O plano do empresário playboy era ser enterrado em um túmulo ao lado da mulher que o ajudou a fundar seu império, Marilyn Monroe. O corpo da atriz descansa em um pequeno cemitério chamado Westwood Memorial Park. Em 2009, Hefner contou que tinha descoberto que havia um túmulo vazio ao lado do dela e que o comprara para ser enterrado ali. Uma oportunidade incrivelmente boa para deixá-la passar: "Quem não quereria estar junto a Marilyn por toda a enternidade?".
EL PAÍS 

terça-feira, 26 de setembro de 2017

Violência contra a mulher na internet é tema de audiência nesta quinta




A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher promove, nesta quinta-feira (28), um debate sobre o tema “Mulheres, violências e mídias sociais: como prevenir e combater crimes de ódio contra as mulheres na internet?”.

A audiência pública foi proposta pelas deputadas Ana Perugini (PT-SP), Laura Carneiro (PMDB-RJ) e Erika Kokay (PT-DF). “Com a internet, novas modalidades de crimes contra as mulheres são praticadas todos os dias. As redes sociais se tornaram um mecanismo de reprodução de violência e perturbação contra as mulheres, expondo publicamente seus dados e sua intimidade”, alertam.

As deputadas citam que a pesquisa “Da impunidade à injustiça”, da Association for Progressive Communications, apontou que as jovens mulheres entre 18 e 30 anos são as mais vulneráveis, que em 40% dos casos o agressor é conhecido da vítima e 11% das ocorrências acabaram em violência física. “O ponto em comum entre todos os países pesquisados é que em nenhum deles há leis, políticas ou pessoas preparadas para lidarem com esse tipo de crime e protegerem as mulheres”, ressaltou Perugini.

Ana Perugini destaca ainda que dados da Organização das Nações Unidas estimam que 95% de todos os comportamentos agressivos e difamadores na internet tenham mulheres como alvos. “Esses crimes realizados no âmbito da internet têm abrangência negativa que ultrapassa qualquer barreira territorial e seus efeitos devastadores acompanham a vítima para o resto de sua vida”, disse a deputada ao defender a importância deste debate.

Agência Câmara Notícias

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

LAGOA NOVA DÁ O ÚLTIMO ADEUS A LUÍS TENENTE

Luís Bezerra, aos 91 anos de idade (Arquivo: O Jornal da Serra).

Lagoanovenses dão o último adeus ao ex-vereador  Luís Bezerra (Foto: O Jornal da Sera).

Familiares e amigos, prestam homenagens e se despedem do ex-vereador (Foto: O Jornal da Serra).

Missa de corpo presente, na matriz de São Francisco de Assis (Foto: O Jornal da
Serra).

Bandeira do município de Lagoa Nova/RN, em  meio mastro, em honra ao ex-vereador (Foto: O Jornal da Serra).

Por Eliabe Alves

No fim da tarde desta segunda-feira (25), após velório na antiga residência da família e missa, com bandeira do município de Lagoa Nova/RN a meio mastro, na Matriz de São Francisco de Assis, o corpo do ex-vereador Luís Bezerra da Silva, foi conduzido para o sepultamento no cemitério Padre Cícero. Luís, faleceu no alto de 93 anos de idade, depois de 55 dias de internação hospitalar, vitima do agravamento de doenças, provocadas pelo Alzheimer, contra o qual lutava havia alguns anos.



Na diplomação de vereadores, da década de setenta, Luís Bezerra é o terceiro, da esquerda para a direita (Foto: Arquivo Municipal).


Luís Bezerra ou “Luís Tenente”, como era mais conhecido na cidade, era agricultor, comerciante e, para não fugir a tradição familiar, nos idos de (1964-1968), integrou fileira política, entre os que compuseram a primeira legislatura na câmara de vereadores local. Uma vez que, à época, o município acabara de conquistar sua emancipação política, Francisco Jerônimo, assumia como primeiro prefeito do lugar. Vale salientar que, na juventude, Luís, também serviu ao Exercito Brasileiro e participou do tiro de guerra.

Entre (1969-1973), já na gestão do cunhado João Luís, segundo prefeito lagoanovense, Luís Tenente exerceu o segundo mandato no parlamento local. No entanto, a presença da família na vida pública não parou por ai. O filho médico Arimatéa Bezerra, chegou a disputar a prefeitura lagoanovense. Seu outro filho, João da Mata, é o atual Secretário Municipal de Meio Ambiente e a filha Noêmia foi Secretária Municipal de Educação e Desportos.

Membros da Congregação Mariana de Lagoa Nova, Luís Bezerra, é o primeiro sentado, à esquerda (Foto: Arquivo Municipal).



Segundo da direita para a esquerda, vereador Luís Bezerra, participa de ato público lagoanovense (Foto: Arquivo Municipal).

Luís Bezerra era casado com angelita Félix Bezerra, de (91) anos, uma das professoras pioneiras em Lagoa Nova, com quem construiu família numerosa, composta por 10 filhos, sendo que todos conseguiram galgar formação universitária. Deixou muitos netos e alguns bisnetos.

Embora não tenha prosseguido no exercício da vida pública, política corria na veia de Luís, posto  que, as lutas eleitorais já era uma tradição na família. O seu avó paterno, Francisco Bezerra de Medeiros “Chico Tenente”, fazendeiro curraisnovense, de patente comprada, no limiar do século XIX já integrava a Intendência municipal de Currais Novos/RN. Francisco Bezerra era primo do Governador José Augusto Bezerra de Medeiros e filho do Cap. Luiz de Medeiros Galvão. Mais tarde seu tio Antônio Eduardo Bezerra o “Tonheca Tenente”, udenista, se elegeria para vereança curraisnovense por mandatos consecutivos. O primo Cabo Bezerra, também foi vereador, presidente da câmara municipal  e vice- prefeito curraisnovense.

Apesar de ter saído de berço nobre, a família de seu Luís Tenente, enfrentou sérios percalços. No inicio do século XX, Joaquim Tenente, seu pai, se enamorou com uma moça morena, contrariando o ranço preconceituoso e a mão pesada do coronelismo, isso, foi o suficiente para Chico Tenente, que exercia a força do mando, na casa grande da Fazenda Serrota Preta,  deserdar o filho com a noiva Júlia, que depois, faziam fogueiras no mato, para afugentar as onças e proteger os filhos pequenos que lhes nasceram, fato verídico, atestado pelos descendentes. Depois de anos no sítio Butijo, zona rural de Currais Novos. No sertão central potiguar, Joaquim Tenente chegou a ser delegado de polícia, poucos anos depois, fixaram residência definitiva no município de Lagoa Nova.


O avô Francisco Bezerra de Medeiros (Chico Tenente). 20/09/1863 - 29/12/1926. Filho do Cap. Luiz de Medeiros Galvão.


O tio Antônio Eduardo Bezerra o “Tonheca Tenente”, udenista, foi eleito para vereança curraisnovense, em mandatos consecutivos.




Depoimentos:


“Papai criou uma família grande, de dez filhos, tendo como princípio a lei de Deus. Mesmo não tendo o primeiro grau completo, colocou como meta: formar os dez filhos”

José de Arimatéa  Bezerra – Médico
                     (Filho)

“ Papai, foi um homem integro na condução do trabalho e da família. E, com esta mesma postura, estabeleceu relações com as pessoas da cidade, isso fez com que, ele se tornasse uma pessoa de respeito na cidade”

Ângela Bezerra-Jornalista
(Filha)

“Foi um homem feliz, criou  todos os filhos com as condições que eram permissíveis. Ensinando as maiores virtudes de um homem ser honesto e trabalhador”


Jarbas Bezerra-Comerciante

(Filho)

Luís Bezerra,  ladeado ao lado da  esposa  e quase todos os filhos e filhas (Foto: Noêmia Bezerra).



































































































































































































































































domingo, 24 de setembro de 2017

Empresários e trabalhadores se reúnem em Parelhas em defesa do emprego

Manifestação foi realizada neste sábado, 23, no município de Parelhas
Empresário, trabalhadores e políticos participaram neste sábado (23) de mais uma mobilização em defesa do emprego na indústria têxtil do Rio Grande do Norte. O encontro aconteceu no município de Parelhas, na região do Seridó, onde estão concentrada as facções do projeto “Pró-Sertão”.

As pequenas unidades geram mais de 500 empregos na região. Elas se sentem ameaçada devido o confronto do Grupo Guararapes com o Ministério Público do Trabalho (MPT-RN). O empresário Flávio Rocha ameaça sair da parceria com as facções se o MPT mantiver uma multa de mais de 36 milhões de reais, em consequência de questões trabalhista.

O governador Robinson Faria (PSD) participou da mobilização. “Estou aqui para apoiar as facções e defender os empregos que esta atividade representa no interior do nosso estado”, destacou Robinson, realçando que a situação econômica é bastante delicada. “Não podemos esquecer que estamos no sétimo ano seguido de seca, o que praticamente dizimou as atividades do setor primário".

O principal impacto negativo, caso as facções de costura parem de funcionar, será o fechamento de quase três mil vagas de emprego, espalhadas por todo o interior do estado, mas concentrados principalmente no Seridó.

O prefeito de Parelhas Alexandre Dantas destacou o importante papel social do Pró-Sertão, programa que implementou as oficinas de costura no interior. “Muitas pessoas viram no programa seu primeiro emprego. Outras saíram do Bolsa Família. E só em capacitação, aqui foram mais de 3 mil beneficiados”.

JORNAL DE FATO

VEM AI...


quinta-feira, 21 de setembro de 2017

CHARGE DE O JORNAL DA SERRA

                    Olhem o passarinho...            

STF decide enviar denúncia sobre Temer à Câmara


                               Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

Após dois dias de julgamento, por 10 votos a 1, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje (21) pelo envio imediato à Câmara dos Deputados da segunda denúncia apresentada pelo ex-procurador-geral da República (PGR) Rodrigo Janot contra o presidente Michel Temer. A partir de agora, caberá à Casa decidir sobre autorização prévia para que a Corte julgue o caso, conforme determina à Constituição.

O entendimento do Supremo contraria pedido feito pela defesa de Temer, que pretendia suspender o envio da denúncia para esperar o término do procedimento investigatório, iniciado pela PGR, para apurar ilegalidades no acordo de delação da JBS, além da avaliação de que as acusações se referem a um período em que o presidente não estava no cargo, fato que poderia suspender o envio.

Os ministros seguiram entendimento do relator do caso, ministro Edson Fachin. Na sessão de ontem (20), foi formada maioria de votos no sentido de que cabe ao Supremo encaminhar a denúncia sobre o presidente diretamente à Câmara dos Deputados, sem fazer nenhum juízo sobre as acusações antes da deliberação da Casa sobre o prosseguimento do processo no Judiciário.

Nos dois dias de julgamento, os ministros Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux, Dias Tofofli, Ricardo Lewandowski, Marco Aurélio, Celso de Mello e presidente, Cármen Lúcia, acompanharam o voto de Fachin.




Em voto proferido na sessão desta quarta-feira, o ministro Gilmar Mendes foi o único a divergir, e votou pela devolução da denúncia à PGR. Segundo Mendes, as acusações se referem ao período em que Temer não estava no cargo e o caso não pode ser enviado à Câmara dos Deputados, conforme determina a Constituição.

Além disso, sobre uma conversa gravada por Joesley Batista com o presidente Temer, durante encontro no Palácio do Jaburu, em março, Mendes considerou que a gravação pode ser ilegal por haver indícios de que foi instigada pelo ex-procurador Marcello Miller, acusado de fazer "jogo duplo" a favor da JBS, durante o período em que esteve no cargo, antes de passar a trabalhar em um escritório de advocacia que atuou para a empresa.

Tramitação

Com a chegada da denúncia ao STF, a Câmara dos Deputados precisará fazer outra votação para decidir sobre a autorização prévia para prosseguimento do processo na Suprema Corte.

O Supremo não poderá analisar a questão antes de uma decisão prévia da Câmara. De acordo com a Constituição, a denúncia apresentada contra Temer somente poderá ser analisada após a aceitação de 342 deputados, o equivalente a dois terços do número de parlamentares que compõem a Casa.

A autorização prévia para processar o presidente da República está prevista na Constituição. A regra está no Artigo 86: “Admitida a acusação contra o presidente da República, por dois terços da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal, nos crimes de responsabilidade”.

O prosseguimento da primeira denúncia apresentada pela PGR contra o presidente, pelo suposto crime de corrupção, não foi autorizado pela Câmara. A acusação estava baseada nas investigações iniciadas a partir do acordo de delação premiada de executivos da J&F.

Agência Brasil